TIRADENTES E A CRIAÇÃO DO MITO REPUBLICANO
Quando da proclamação da República, era necessário a criação de mitos que consolidassem a evolução histórica desse ideal. A liberdade, o despreendimento de interesses pessoais, o ideal de um Brasil forte e unido precisavam ser personificados, um grande vulto histórico era necessário para dar liga ao nascente governo que nascera de um pequeno grupo isolado.
Depararam-se esses homens com um impasse: no Brasil, a figura maior de nossa independência era o próprio imperador D. Pedro I, que havia chamado a si a luta pela independência do Brasil e a construção do Estado nacional brasileiro. Ora, o símbolo maior da criação do Estado Brasileiro era o chefe da família imperial, chefe de um regime político que ele republicano haviam deposto.
A solução para tais inconveniências históricas, foi inicialmente jogar a responsabilidade e o planejamento da independência a José Bonifácio, atribuindo-lhe os méritos de Patriarca de um movimento que teve, sem a menor dúvida, a participação crucial de D. Pedro I. Posteriormente, os republicanos voltaram sua atenção para a figura de Tiradentes. É de notar na iconografia republicana da imagem de Tiradentes a tentativa de associa-lo a Jesus Cristo, na tentativa de melhor impressionar a alma popular.
Assim como Cristo, a imagem republicana de Tiradentes com suas longas barbas e cabelos passa a ser a imagem mais conhecida da Inconfidência mineira.
Quanto a inconfidência mineira, tão vivamente festejada pelos republicanos,como símbolo do desejo de liberdade dos brasileiro por se libertarem de Portugal, tinha por fim último um calote ao fisco.
Aproximava-se a hora da derrama, isto é dos impostos legalmente devidos ao governo pela atividade da mineração. Inclusive, a parcela conhecida como quinto d’El Rei. Como a mineração estava em franca decadência havia muito tempo, o quinto d’El rei estava atrasado há cinco anos, e somava a quase 600.000 contos de réis. Assim o verdadeiro motivo da inconfidência foi econômico-financeiro.
A propaganda Republicana tenta também impor a inconfidência mineira como o primeiro movimento emancipacionista braileiro, ora basta lembrarmos do episódio da Aclamação de Amador Bueno em São Paulo, em 1640 para constatarmos as inconsistências de tais afirmações.
Pense o leitor o que aconteceria se a população de toda uma região do Brasil se rebelasse contra os impostos pagos a República. Imagine que em um determinado momento não quizessem mais pagar imposto de renda, ou qualquer outra taxa ao Governo Federal. Qual seria a reação do governo da Reública, que se vangloria dos mais altos ideais de liberdade ?
Não se trata aqui de desmerecer a figura de Tiradentes, cremos ter sido um grande entusiasta e propagandistas daquilo que se discutia nos serões das casas de Cláudio Manoel da Costa e de Thomaz Antonio Gonzaga, mas cumpre aqui ressaltar a utilização desta figura histórica para desvirtuar a verdade sobre a independência brasileira, transferindo-lhe o mérito que não possui.
A associação do 7 de setembro a família imperial, era intolerável a nascente República, que tentava transferir a atenção do povo a criação de novos mitos históricos mais em acordo com seus interesses políticos e ideológicos.
Quando da proclamação da República, era necessário a criação de mitos que consolidassem a evolução histórica desse ideal. A liberdade, o despreendimento de interesses pessoais, o ideal de um Brasil forte e unido precisavam ser personificados, um grande vulto histórico era necessário para dar liga ao nascente governo que nascera de um pequeno grupo isolado.
Depararam-se esses homens com um impasse: no Brasil, a figura maior de nossa independência era o próprio imperador D. Pedro I, que havia chamado a si a luta pela independência do Brasil e a construção do Estado nacional brasileiro. Ora, o símbolo maior da criação do Estado Brasileiro era o chefe da família imperial, chefe de um regime político que ele republicano haviam deposto.
A solução para tais inconveniências históricas, foi inicialmente jogar a responsabilidade e o planejamento da independência a José Bonifácio, atribuindo-lhe os méritos de Patriarca de um movimento que teve, sem a menor dúvida, a participação crucial de D. Pedro I. Posteriormente, os republicanos voltaram sua atenção para a figura de Tiradentes. É de notar na iconografia republicana da imagem de Tiradentes a tentativa de associa-lo a Jesus Cristo, na tentativa de melhor impressionar a alma popular.
Assim como Cristo, a imagem republicana de Tiradentes com suas longas barbas e cabelos passa a ser a imagem mais conhecida da Inconfidência mineira.
Quanto a inconfidência mineira, tão vivamente festejada pelos republicanos,como símbolo do desejo de liberdade dos brasileiro por se libertarem de Portugal, tinha por fim último um calote ao fisco.
Aproximava-se a hora da derrama, isto é dos impostos legalmente devidos ao governo pela atividade da mineração. Inclusive, a parcela conhecida como quinto d’El Rei. Como a mineração estava em franca decadência havia muito tempo, o quinto d’El rei estava atrasado há cinco anos, e somava a quase 600.000 contos de réis. Assim o verdadeiro motivo da inconfidência foi econômico-financeiro.
A propaganda Republicana tenta também impor a inconfidência mineira como o primeiro movimento emancipacionista braileiro, ora basta lembrarmos do episódio da Aclamação de Amador Bueno em São Paulo, em 1640 para constatarmos as inconsistências de tais afirmações.
Pense o leitor o que aconteceria se a população de toda uma região do Brasil se rebelasse contra os impostos pagos a República. Imagine que em um determinado momento não quizessem mais pagar imposto de renda, ou qualquer outra taxa ao Governo Federal. Qual seria a reação do governo da Reública, que se vangloria dos mais altos ideais de liberdade ?
Não se trata aqui de desmerecer a figura de Tiradentes, cremos ter sido um grande entusiasta e propagandistas daquilo que se discutia nos serões das casas de Cláudio Manoel da Costa e de Thomaz Antonio Gonzaga, mas cumpre aqui ressaltar a utilização desta figura histórica para desvirtuar a verdade sobre a independência brasileira, transferindo-lhe o mérito que não possui.
A associação do 7 de setembro a família imperial, era intolerável a nascente República, que tentava transferir a atenção do povo a criação de novos mitos históricos mais em acordo com seus interesses políticos e ideológicos.
chato
ResponderExcluirlegal!
ResponderExcluirchato²
ResponderExcluire muito bom aprende sobre historia ;;;;;;;;;;;;;;;;
ResponderExcluirPrecisamos de um Colocadentes monarca, pois 40% para corja da República está foda!
ResponderExcluirchato demaissss
ResponderExcluirÉ isso. Cada um conta sua história. Por que não foram buscar em outros movimentos libertários, a exemplo das Revoluções de Pernambuco e Bahia? Claro que "heróis" posteriores poderiam ter sido associados à República ou à Brasilidade, como Antônio Conselheiro ( que até se impôs contra a República) em 1896/97; ou Lampião, Rei do Cangaço, nos anos 1920/1930. Mas o verdadeiro herói brasileiro é o povo, tão sofrido, mas ainda vivo, sem esquecer que triste do povo que precisa de herói. E de juízes. Nem Salomão serve.
ResponderExcluirGostei. Sabemos que ele é uma farsa, nada de ato heríco, somente uma farsa implantada culturalmente em nossa sociedade
ResponderExcluir*heróico
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