sábado, 5 de setembro de 2009

A QUESTÃO DINÁSTICA







A QUESTÃO DINÁSTICA

Aquele que tiver interesse pela forma de governo monárquica e sua aplicação no Brasil, esbarrará em uma questão fundamental:
O golpe militar de 1889, quebrou a sucessão natual ao trono brasileiro. Restaurada a monarquia brasileira a quem caberia colocar a coroa e ser aclamado imperador do Brasil?
Há muitas controvérsias a este repeito. Tentaremos expor os dois principais ramos que aspiram ao trono brasileiro.
A princesa Isabel, herdeira pressumível ao trono brasileiro, com a morte de D. Pedro II, assumiria a chefia do Estado brasileiro, e possivelmente seria aclamada como Isabel I .
O fim abrupto da monarquia brasileira e a subseqüente expulsão da família imperia do Brasil, provocou a quebra da ordem natuaral na sucessão dinática.
D. Isabel e o conde d’Eu tiveram três filhos: Dom Pedro de Alcântara(1875), Dom Luiz(1878) e Dom Antonio(1881). Sendo que este último morreu solteiro em 1918.
Dom Pedro de Alcântara era o primeiro filho de D. Isabel e sendo filho do herdeiro pressumível ao trono brasileiro, recebia o título de príncipe do Gão-Pará. Pois este príncipe quis casar-se com a Condessa Da. Elisabeth Dobrzensky von Dobrzenicz, que não tinha ascendência real. Dona Elizabeth descendia de uma antiga família nobre da Boêmia e era filha do Barão João Wenzel.
A princesa Isabel, chefe da família imperial, cabia aprovar ou não o casamento. E ela não aprovou. Por que?
A Casa de Bragança, a que pertence a dinastia brasileira, era antiga e respeitada. Os Braganças reinavam em Portugal desde 1640. No Brasil a realidade era outra. O império tivera somente dois monarcas. Fortalecer os laços da família imperial brasileira com as grandes casas reinantes na Europa, parecia ser de suma importância para Dona Isabel. Temia que a Casa Imperial brasileira, passasse a ser considerada de segunda classe. Era importante, que o herdeiro do trono contraísse matrimônio numa família principesca de alto nível.
Pois muito bem, o príncipe D. Pedro, dada as circunstância em que se envolviam a questão de seu casamento resolve renunciar a seus direito ao trono brasileiro no dia 30 de outubro de 1908.
“Eu o príncipe Dom Pedro de Alcântara Luiz Philippe Maria Gastão Miguel Gabriel Raphael Gonzaga de Orleans e Bragança, tendo maduramente refletido, resolvi renunciar ao direito que pela Constituição do Império do Brasil promulgada a 25 de março de 1824 me compete a coroa do mesmo país.
Declaro pois que por minha muito livre e espontânea vontade, dele desisto pela presente renúncia, não só por mim, como por todos e cada um dos meus descendentes, a todo e qualquer direito que a dita Constituição nos confere à Coroa e trono brasileiros, o qual passará as linhas que sguirem a minha, conforme a ordem de sucessão estabelecida pelo Art. 117. Perante Deus prometo por mim e meus descendentes manter a presente declaração.
Canes, 30 de outubro de 1908.”
A renúncia do príncipe do Grão-Pará, causou mudanças profundas na ordem de sucessão ao trono brasileiro.
Ocorre que apesar da renúncia, surgiram dois ramos que chamam a si a legitimidade na sucessão ao trono do Brasil. Os dois ramos são denominados a saber:
A) ramo de Petrópolis
B) ramo de vassouras

3 comentários:

  1. Um bom artigo, mostrando um problema que existiu na época do plebiscito. Mas, após o falecimento de Dom Pedro Gastão, extinguiu-se totalmente a questão dinástica, e seus sucessores declararam-se republicanos. Portanto, é uma questão superada, morta e enterrada. Se quisermos restaurar a Monarquia, será com o ramo Vassouras. O movimento monárquico hoje, está unido em torno de Dom Luiz. Agradeço pela matéria, parabens!

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  2. Parece algo tão invisível, não acredito que possa ser diferente da suposta democracia, haveria corrupção, com os denominados primeiros ministros.Só vendo para crer.

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  3. É uma ótima matéria... pesquisando não muito profundamente, pode-se ver que as maiores democracias do mundo são Monarquias Constiticionais com Parlamento (Suécia em 1o, Noruega em 2o, Holanda em 4o...) e são grandes e sólidas economias. E a História nos diz que a economia Brasileira "caminhava" com a economia Norte Americana e não foi a estagnação como os antigos livros de História diziam. Posso garantir que se o Brasil fosse uma nação monárquica, estaríamos entre as maiores nações do mundo, seríamos respeitados há muito tempo e, com certeza, o Imperador não apoiaría a Ditadura e a Repressão, como o nosso Governo faz hoje.

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