sexta-feira, 24 de julho de 2009

D. Teresa Cristina: A tristeza da partida


D. TERESA CRISTINA: A TRISTEZA DA PARTIDA

Um exemplo claro de que a alma popular era francamente favorável a monarquia e ao Imperador, pode ser verificado nos lamentáveis episódios imediatamente após o dia 15 de novembro.
Durante todo o dia 16 de novembro a Família Imperial ficou detida no paço da cidade. Por volta de três horas da tarde, ouviu-se o estrépito de patas de cavalo, Era um esquadrão da cavalaria. Liderado pelo Major Sólon, este subiu as escadas do palácio com um mensagem para o imperador. Foi introduzido no Salão chamado das Damas, onde se encontrava a família imperial. Era o comunicado do Governo Provisório da República, notificando o imperador de sua destituição, e lhe dando um prazo de 24 horas para deixar o país.
Mas os republicanos temiam que o povo, que vendo o imperador e sua família sendo humilhados pelas ruas do Rio se rebelassem. Resolveram que o a Família Imperial deveria embarcar de madrugada, às escondidas, na calada da noite.
D. Pedro II protestou dizendo:
“ Que é isto? Então vou embarcar a esta hora da noite?
Assim exige o governo.
“Que governo? Indagou D. Pedro II
O Governo da República
Deodoro está metido nisso?
Está, sim senhor? Ele é o chefe do governo.
Então estão todos malucos! Rematou o Imperador”
Depois de protestar contra o adiantamento da hora da partida dizendo que não era nenhum fugido, para embarcar àquela hora da madrugada, clandestinamente, consentiu afinal em submeter-se à imposição do governo provisório, sobretudo para evitar possíveis conflitos ou derramamento de sangue.
D. Teresa Cristina, a Imperatriz do Brasil, que sempre tivera uma postura digna e reservada diante de assuntos políticos, chorava convulsamente no momento da partida forçada. Afirmaria ao Barão de Jaceguai que a tentava consolar, pedindo-lhe resignação
“Tenho-a e muito. Mas a resignação não impede as lágrimas. E como deixar de verte-las, ao sair desta minha terra, que nunca mais hei de ver.”
As condições humilhantes a que foram submetidos a família imperial brasileira, provam o total despreparo, a incapacidade, e o desrespeito a nação brasileira pelos homens que usurparam o poder e proclamaram a República.
D. Teresa Cristina não resistindo as atribulações das últimas semanas, acabou por falecer no exílio em Portugal. Nos seus últimos instantes, ainda confidenciou à Baronesa de Japurá:
“Maria Isabel, eu não morro de doença. Morro de dor e desgosto.”

2 comentários:

  1. pô cara, respeita! fica ai mandando tomar no cú ....República é um lixo mesmo viu! ... até os EUA vivem em crise! e o pior que por causa do dollar, gente se ferra também aqui viu!...Monarquia é muito melhor cara!... vai se informar!.... só sabe ir atrás desses políticos safados de república!... te falta opinião própria.... deixa de ser capacho do governo, vira monarquista!! ...

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